terça-feira, 14 de setembro de 2010

Direito de sentir saudade

Transforma um chão de rosas em espinhos, e deixa lágrimas percorrerem pelo rosto, motivada por decisões diferentes, de seguir outros caminhos. Um grito da alma, pedindo para ficar, e para voltar, porque um sentimento forte, não pode se acabar dessa forma. É íncrível como posso sentir falta, de consolar e ser consolada, de ser compreendida e por erro não compreender, e no fim, chorar por isso, chorar de saudade, de vontade. Mas que bobagem, pensar que existe um novo começo para isso, na verdade, existe, mas algo chegaria ao fim. Uma ausência que se torna presente, a todo instante do meu cotidiano, por mais que esteja ao meu lado fisicamente. Aperto no peito, um nó na garganta que se extende por todo meu corpo ao saber que estou passando isso por um erro meu.
Posso ver você sempre que desejar, pela tarde, pela madrugada, é só abrir os olhos frente ao meu painel, e ver sua fotografia. Ouvir um "foi melhor assim" não me conforta, não retarda a dor de não te ter mais comigo. Mas eu espero ainda, o dia que você vai estar perto de mim, me fazendo rir, fazendo morada da minha dor no seu peito, me defendendo, aonde quer que esteja, mas até lá, fico com o meu direito de sentir saudade.

MAIA, Camila Ferreira Gomes